Como capitalizar e aprender com as suas perdas

Na vida todos nós perdemos por vezes quer seja em termos de capital quer seja em termos de relacionamentos quer seja a nível de saúde?

Quando temos sucesso é fácil estarmos felizes, animados, contentes e a vida parece uma maravilha.

Mas é nas dificuldades que se conhecem realmente as pessoas, quer sejam as outras pessoas, quer seja você mesmo. Como diz a Bíblia, é no fogo que se prova o ouro. Quando está sol a praia está sempre cheia.

Aprenda com as suas perdas. Não veja apenas como uma perda, veja como uma lição pela qual você provavelmente pagou caro por ela. As melhores lições e os melhores cursos são os mais caros. Quanto mais caro melhor.

Há noites que você se sente mal, culpado e até mesmo miserável. Nessas noites não é altura de desistir bem pelo contrário, é altura de dar tudo o que tem de fazer tudo o que está ao seu alcance para não só recuperar o que perdeu mas para conquistar tudo o que estiver ao seu alcance e desta vez muito melhor preparado.

Aprende-se mais com os erros do que com o sucesso.

Sabia que o Donald Trump teve uma altura na sua vida que estava completamente falido e endividado? Ele conta no seu livro The Art Of Come Back que ele se lembra de passar por um sem abrigo e pensar que ele era 900 milhões de Dolares mais rico que ele. Depois dessa fase negra da sua vida ele hoje tornou-se no homem que é sendo um dos muito, muito poucos que chegou à Casa Branca.

Pense nisso da próxima vez que estiver mal e a pensar em desistir.

Um mar fraco nunca fez um marinheiro forte. São as tempestades mais fortes que nos tornam ainda mais fortes. Se você não passasse por todas essas dificuldades na sua vida, seria você a pessoa que é hoje?

Como irá recuperar a economia Portuguesa desta crise Covid 19?

Lê-se que 90% dos negócios estão com “venda zero”. De portas fechadas, sem vendas, com rendas e salários para pagar, provavelmente com dívidas e pouco dinheiro em caixa, como poderá uma empresa sobreviver?

Na minha opinião esta crise só pode ser superada com esforços redobrados. Se já tínhamos o cinto apertado, agora vai ter de estar ainda mais apertado.

Vejo na televisão que o pico da pandemia será atingido no final de Maio. Por essa ordem de ideias ainda vamos estar em casa pelo menos mais dois meses.

Como iremos receber salários e pagar contas? Como irão as empresas faturar, aquelas que estão fechadas, por forma a pagar os salários dos seus colaboradores?

Respostas a estas perguntas não temos por mais especialistas que falem na TV e nas notícias.

Enfrentamos a maior crise desde a Segunda Guerra Mundial e maior que a crise de 2008. Milhares de pessoas que eram jovens e saudáveis estão a morrer todos os dias no mundo. Como se isso não bastasse, devido ao número limitado de ventiladores, os médicos têm agora de fazer provavelmente a pior escolha que podiam ter em mãos que é decidir quem vive e quem morre.

Estamos a pensar em economia e em sobrevivência. As duas coisas não andam muito separadas uma da outra.

Caso o pico seja atingido no final do mês de Maio de 2020 então veremos nas notícias números ainda mais expressivos negativamente do que aqueles que assistimos hoje. Como irão os sistemas de saúde em redor do mundo conseguir aguentar com tal carga de doentes? Se hoje os profissionais de saúde já estão no seu limite, então no pico da doença, quando ainda mais profissionais de saúde contraírem o coronavírus, pergunto eu, como irá o sistema de saúde aguentar tamanha carga de trabalhos?

A recuperação da economia possivelmente será uma certeza mas o fator chave é quanto tempo demora a recuperar. Com a crise de 2008 demorou cerca de 7 ou 8 anos. Esta crise é bem maior. Será que conseguimos recuperar em menos de 10 anos os mesmos rendimentos, as mesmas possibilidades e o mesmo padrão de vida? Não me parece. Teremos de trabalhar mais quer seja com mais produtividade quer seja com maior carga horária pelo mesmo ou menor salário, na minha opinião. Só com muito esforço e uma grande paciência é que veremos tudo a recuperar e a voltar à normalidade daqui a uns longos anos. Tendo em conta a crise de 2008 mais a presente crise de 2020, já perdemos décadas de desenvolvimento económico e social. Podíamos ter uma vida bem melhor mas com crise atrás de crise parece que estamos a sair de uma para cair noutra.

Esperemos que tudo corra pelo melhor, fiquem em casa.